Assembléia Legislativa homenageia 30 anos do NEIM

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Os 30 anos de criação do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) foram festejados na Assembleia Legislativa com a sessão especial proposta pela deputada Luiza Maia (PT). A solenidade, que aconteceu na manhã de ontem no auditório do Edifício Senador Jutahy Magalhães, contou com a presença de autoridades civis e militares, representantes dos movimentos feministas, sindicatos, acadêmicos e da sociedade civil. 

À Mesa, juntamente com os secretários estaduais Vera Lúcia Barbosa, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), e Albino Rubim, da Secretaria de Cultura (Secult); estavam a presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, a deputada Neusa Cadore (PT); a coordenadora do Neim, Ana Alice Alcântara; e Firmiane Venancio, defensora pública que coordena o Núcleo de Defesa da Mulher. 

Também Lena Souza, representando a senadora Lídice da Mata; Mônica Kalile, superintendente municipal de políticas para mulher; Sílvia Lúcia, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, Gênero, Saúde e Enfermagem (GEM); e Viviane Hermida, assessora de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese). Além do professor de direito da Ufba, Samuel Vida; da coordenadora geral do Sindilimp, Ana Angélica; e Creuza Oliveira, da Federação Nacional das Empregadas Domésticas. ANTIBAIXARIA “Estou muito feliz e emocionada. Quero registrar a minha alegria aqui comemorando os 30 anos deste Núcleo que tem uma importância enorme na vida e na luta e na formação das mulheres da Bahia e do Brasil”, assim Luiza iniciou o seu discurso de parabenização ao Neim, instituição a qual definiu como fundamental tanto para a formação da consciência crítica nas questões das relações de gênero, como também para o despertar do interesse de estudos e pesquisas desse tema. 

A deputada ainda relembrou a participação decisiva do Núcleo na aprovação do projeto anti baixaria, que veta a contratação pelo Estado de bandas que cantem músicas que desvalorizam a mulher, de sua autoria. E diante da presença dos secretários de Estado solicitou a criação do Observatório da Lei Antibaixaria e o apoio na cruzada das deputadas pelo interior para fomentar o uso da Lei. PIONEIRISMO O pioneirismo do Neim na América Latina e a sua característica de combinar a vida acadêmica de estudos e pesquisa com a militância política e realização de projetos na sociedade foram destacados pela deputada Neusa Cadore (PT). “O Neim está jovem e ainda contribuirá muito para a construção da democracia que passa pela consolidação da igualdade de gêneros”, declarou. O mesmo ponto de vista comunga a secretária Vera Lúcia que rememorou os feitos do Núcleo desde a colaboração na Constituição Baiana, contemplando as mulheres na Lei máxima estadual. “O maior presente quem recebe somos nós: o legado que tem sido construído por todas essas bravas mulheres do Neim”, afirmou Vera Lúcia.

Justamente este conceito de articulador entre a teoria e prática feminista foi enaltecido por Ana Alice, coordenadora do Neim: “É muito importante produzir conhecimento. Mas este conhecimento que vem da nossa relação com a sociedade tem que retornar de alguma forma para a sociedade. E este é o nosso compromisso”, ratificou. Esta interação com a sociedade foi enaltecida pelo secretário Albino Rubim que destacou a presença militante e forte do Núcleo na sociedade baiana. “A contribuição do Neim é fundamental para as mudanças na cultura, no conjunto de valores que orienta uma sociedade”, disse. E aproveitou a oportunidade para convidar o Neim e a SPM para participar da 5ª Conferência Estadual de Cultura, colaborando na realização da conferência setorial para articular mulheres de cultura. HISTÓRIA Criado em maio de 1983, o Neim era um núcleo vinculado ao Mestrado em Ciências Sociais da Ufba. Em 1995, ascendeu à categoria de órgão suplementar, conquistando um lugar de maior destaque na Ufba. Atualmente, o núcleo de estudos feministas mais antigo do país é reconhecido pela sua competência, destacando-se dentre os principais centros de ensino e pesquisa na área dos estudos sobre a mulher e as relações de gênero do país. E, num futuro próximo, poderá tornar-se um instituto, se depender do apoio das parlamentares, da Comissão da Mulher da Assembleia e dos demais militantes das causas feministas.

Fonte: http://www.al.ba.gov.br/noticias/Noticia.php?id=14944